Como atingir seus clientes de forma mais efetiva? Qual o padrão de compra de um Brasil mais tecnológico e que começa a dar sinais de recuperação da crise?

Em 2016 o Brasil viveu um de seus momentos mais conturbados politicamente. Diante de um processo de impeachment disputado e do aprofundamento das investigações da Operação Lava-Jato, criou-se uma gradual quebra de confiança de investidores no país, levando assim aos cenários de recessão, desemprego e inflação elevados.

Enquanto vivenciamos este período de incertezas e retração econômica, o mundo continuou produzindo soluções e modelos que tornam o consumidor mais empoderado sobre a forma e o conteúdo que deseja consumir.

Neste mesmo ano citado, a Google lançou seu primeiro assistente virtual, o “Google Home”, produto que possibilita que um cliente em potencial faça compras sem necessariamente acessar algum canal de venda.

Esta tecnologia, juntamente com a consolidação dos shoppings virtuais (AliExpress, Mercado Livre, Amazon e outros) e a tendência crescente de eliminar as linhas que dividem produto e serviço, criam um ambiente propício para negócios nos quais a tecnologia, personalização e insights de consumo serão essenciais.

O que afeta meu consumidor?

Nossos padrões de compra são afetados tanto por fatores estruturais como conjunturais.

O fator estrutural pode ser exemplificado como aquele de duração mais longa, causado por um planejamento econômico (ou falta do mesmo).

Para citarmos um caso brasileiro: Livrarias especializadas em livros de arte, como a Cosac Naify, tendem a ter dificuldades pois existe um problema estrutural na educação brasileira, gerando assim uma população que tem um hábito de leitura extremamente baixo.

Já o fator conjuntural é aquele que se configura pela sua efemeridade, ou seja, que pode ser redesenhado de acordo com uma nova política econômica, mudanças nas tendências divulgadas pela mídia, entre outros.

Como exemplos podemos citar a própria crise política, ou mesmo a mudança na taxa de juros aplicada pelo Banco Central.

O momento atual é explicado por fatores conjunturais que incluem: Economia e Estabilidade Política, criando assim consumidores que reduziram seu consumo de supérfluos nos últimos anos, e que agora voltam a consumir, porém com maior consciência atrelada ao ato.

Durante a retração econômica gastos como lazer e alimentação fora do lar diminuíram, assim como os gastos em vestuário e bens duráveis.

Entretanto, este movimento apresenta também uma tendência dos consumidores a voltarem a consumir antes marcas que deixaram de comprar em razão dos cortes no orçamento familiar.

O consumidor se tornou mais sensato e em busca da melhor experiência de compra independente do bem ou serviço.

Tendências que ditarão o futuro

Com um consumo mais consciente, marcas tem buscado diferenciação para fidelizar e oferecer uma experiência recompensadora ao cliente. Abaixo listamos algumas das iniciativas disruptivas que surgiram deste movimento:

Internet das coisas

Geladeiras, carros, televisores, alto-falantes e outros itens tecnológicos do dia-a-dia tem ganhado conexão à internet. Coletando dados relevantes sobre os hábitos de consumo do cliente, estes produtos automatizam compras e auxiliam na análise do perfil dos consumidores

Click-and-collect

Grandes redes de varejo têm oferecido a opção de compra on-line com retirada na própria loja. Esta modalidade permite ao cliente maior liberdade de escolha e pesquisa sobre o item desejado, juntamente com a redução dos custos de envio, além também da disponibilidade imediata.

Kits de refeição

Alimentação tornou-se uma obsessão moderna. Desde dietas restritivas até mesmo produtos importados de nicho, o mercado de kits de refeição demonstra a importância da segmentação, agregando valor à personalização da experiência do cliente

Varejo como serviço

Antigamente as críticas de jornais e revistas eram essenciais para o sucesso de um disco, filme ou livro. Hoje muitas empresas oferecem este serviço atrelado à venda de produtos culturais, por meio de uma curadoria especializada.

Ao transformar o modelo de venda de produtos culturais em um serviço, essa indústria tem reinventado a forma como consumimos conteúdos.

Estas são apenas algumas das direções que o mercado tem apresentado para se adaptar a este momento de consumo 3.0, para saber mais sobre como aplicar estas e outras práticas dentro do seu negócio, você pode contar com a Focus & Field, uma empresa de pesquisa pronta para reduzir o ruído na comunicação entre você e o seu consumidor. Venha fazer o seu projeto de pesquisa de mercado com a gente e conhecer melhor o seu mercado.